A lição do Conceição

O transporte férreo é importante para o país para que nossa produção possa ser escoada a preços mais baratos, o que implica, em tese, em redução do custo dos alimentos que chegam à nossa mesa. Mas é um absurdo que essa modalidade de transporte seja tratada com tão pouco caso por quem é responsável pela sua operação e pelas autoridades. 
Transportar nossas riquezas por rios e pela malha férrea é viável e mais barato desde que haja uma política séria de investimentos para o setor. Pedágios e condições precárias das rodovias, além do custo dos combustíveis, tornam o transporte rodoviário menos atrativo, porém, continua a ser o mais utilizado. Por que será?
O que aconteceu no Jardim Conceição, nas imediações da área central rio-pretense, infelizmente, não é novidade para ninguém. A construção de um viaduto perto da rodoviária, por exemplo, poderia resolver a questão da passagem mais segura de pedestres e veículos. Já no cruzamento das ruas Osvaldo Aranha com Presidente Roosevelt e Anísio José Moreira há necessidade de melhorias urgentes, como a construção de muros de proteção, melhor sinalização e por que não se pensar em retirada das moradias mais próximas. 
A desapropriação de imóveis é algo polêmico e que precisa de estudo detalhado do assunto tendo em vista que se a linha férrea chegou primeiro não deveria ter sido permitido que residências fossem construídas tão perto dos trilhos. Se foi o contrário deveria ter se pensado em proteger a população de eventuais desastres. 

Sabe-se que em locais onde foram construídos aeroportos, por exemplo, populares ergueram suas casas posteriormente e acabaram se arrependendo, pois é mais fácil desapropriar imóveis do que mudar de lugar um aeroporto. Aos familiares e amigos das vítimas do Conceição minha solidariedade e orações. Às nossas autoridades espero que essa tragédia sirva de lição e que outras vidas não se percam dessa forma tão cruel. 

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