Racionamento pode virar rotina

Choveu menos do que o esperado neste ano e 100 mil moradores de Rio Preto já convivem com o racionamento. Com a estiagem prolongada, a cidade toda deve passar a conviver com o desabastecimento muito em breve. Não há como buscar água no Rio Grande, que está com o nível de água muito baixo. Neste mesmo período, em 2020, choveu 791 mm. Até agora, em 2021, são 437 mm. Não é à toa que o racionamento começou quatro meses mais cedo e deve ser ampliado nos próximos dias por causa da falta de chuvas. O Semae já perfurou um poço profundo no Aquífero Guarani, na região do Residencial Palestra, e sete poços no Aquífero Bauru. Com o desmatamento acelerado na região e o desaparecimento de mananciais, que recarregavam os aquíferos, aliados ao desperdício por conta de hábitos que deveriam ter deixado de existir, como lavar calçadas, e aos vazamentos na rede mantida pela autarquia a situação é dramática. O sistema elétrico nacional já deu o alerta: os reservatórios das hidrelétricas estão em crise. Para evitar o colapso, usinas térmicas devem entrar em operação. Além de mais poluentes, são mais caras. O consumidor pode preparar o bolso e se acostumar com as torneiras secas.

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