Transporte humanizado

É difícil encontrar um usuário do transporte coletivo urbano que nunca tenha se sentido como 'uma sardinha em lata' ou 'um boi a caminho da fazenda'. A superlotação e os constantes e bruscos sacolejos, sacudidelas, arrancadas e freadas fazem com que o usuário tenha, ou pelo menos sinta, sua integridade física ameaçada.
Pagamos muitos impostos, alguns escancarados, outros embutidos ou mascarados sob a forma de 'subsídio', e nesse setor não é diferente. Para o brasileiro não há 'cultura grátis', 'educação gratuita' ou 'passagem mais barata'. Tudo o que nos é oferecido já pagamos e, em certos casos, várias vezes. O impostômetro está aí para quem quiser conferir.
Enquanto o serviço prestado por municípios ou empresas particulares não for, realmente, humanizado e com qualidade é hipocrisia esperar que o cidadão deixe o conforto do seu carro ou a rapidez da sua moto para ficar espremido dentro de um ônibus, cujo itinerário é percorrido de forma muito lenta em horários de pico e em alguns trajetos a falta de pontualidade, de pontos cobertos e de uma maior oferta de veículos transforma o ato de 'pegar' um ônibus um autêntico martírio...

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