O que acontece em Mirassolândia?
Que água é um bem finito todo mundo sabe, mas a maioria das pessoas se comporta como se ela nunca fosse acabar. Rio Preto, há décadas, tenta descobrir uma nova fonte de recurso hídrico que dê segurança e a ilusão de que estamos em um patamar mais confortável em comparação com outras cidades do Brasil e do mundo. Lamentavelmente ninguém, hoje, pode se gabar de ter mananciais sem prazo de validade. E em um município de nossa região a situação aparentemente está mais crítica do que em localidades vizinhas. O racionamento de água em Mirassolândia se tornou uma rotina desde que a prefeita Terezinha Lima assumiu o comando do Executivo em 2013. Das 23 horas às seis horas da manhã do dia seguinte, o corte é total. As explicações para as torneiras secas dos mirassolandienses são muitas. As especulações também. E o imbróglio que passa pela precariedade no funcionamento da estação de tratamento de água do município esbarra ainda em delicadas questões políticas como a recusa de vereadores em aceitar a entrada da Sabesp, mandando o projeto de lei da prefeita direto para a gaveta da burocracia.
Abusos cometidos por populares, que usam as mangueiras como 'vassouras elétricas', ficam ainda mais graves quando muitos desses usuários se recusam a pagar as contas e, sem fiscalização ou punição, desafiam a prefeitura e o futuro político de quem ousar questioná-los.
No bairro Nova Macaúbas, não há cobrança de IPTU ou da taxa de água, cujo valor de R$ 12 mensais, mesmo para quem paga a conta, acaba estimulando o consumo exagerado e irracional. Enquanto os bairros mais altos enfrentam o desabastecimento, pois a água não tem 'força' para subir nas torneiras, a pergunta que não quer calar é simples: não seria justo tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam? Ou, trocando em miúdos, por que há pesos e medidas diversos na pacata Mirassolândia?
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