Remédios para lucrar

É inegável a força que o dinheiro tem para a nossa sociedade. Trabalhadores vendem a sua força de trabalho. Homens e mulheres de negócios agem de forma inescrupulosa para alcançarem lucros cada vez maiores. Políticos e autoridades de todas as esferas jogam a consciência para escanteio em troca de dinheiro na cueca, quantias astronômicas em contas de 'laranjas' ou em paraísos fiscais. Mergulhados na miséria, material e moral, pais iniciam crianças e adolescentes na prostituição, o chamado 'turismo sexual infanto-juvenil'. De todas as mazelas uma das mais sórdidas é a que envolve a indústria química e farmacêutica. Vencedor do prêmio Nobel de Medicina, o bioquímico e biólogo molecular inglês Sir
Richard J. Roberts, denunciou o que move, de verdade, esse mercado trilionário. "A indústria farmacêutica na realidade não quer curar ninguém, e por um motivo muito simples e direto: a cura é menos rentável que a doença”, disse o cientista. O que Roberts falou não se trata de teoria da conspiração e muito menos de uma previsão apocalíptica, é o que acontece na prática em todo o mundo. Quanto mais doente for a população, maiores serão os lucros de quem fabrica os remédios. Uma lógica perversa, maquiavélica, mercenária, mas que é adotada por todos os que, literalmente, lucram com a desgraça alheia.

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