Cúpula do Clima

O aquecimento global está na pauta de mais de 40 líderes mundiais que participam hoje e amanhã da Cúpula do Clima. A reunião virtual conta com a presença do presidente Jair Bolsonaro que voltou a defender que o Brasil "está na vanguarda no combate à mudança do clima". Em discurso, ele salientou que o país "combate o desmatamento e preserva a Floresta Amazônica". Bolsonaro prometeu reduzir em 40% as emissões de gases até 2030 e duplicar recursos para a fiscalização ambiental. Em contrapartida, cobrou "justa remuneração por serviços ambientais" que os biomas brasileiros teriam prestado ao planeta. Colocado por Joe Biden, organizador do evento, em 18º lugar na fila de oradores, usou até gravata verde para demonstrar preocupação com o Meio Ambiente. Ao lado do seu polêmico ministro Ricardo Salles, Bolsonaro tentou desconstruir a imagem de predador dos recursos naturais. O discurso vai na contramão de tudo o que tem sido feito até agora pelo governo federal, mas agradou ao titular do Palácio do Planalto que espera convencer os países ricos a liberarem bilhões de dólares para a manutenção da Amazônia. Se Bolsonaro vai emplacar sua tese só o tempo dirá. O que ficou bem claro, até agora, é que o Brasil perdeu o protagonismo e se tornou uma ameaça. Para o secretário da ONU, Antônio Guterres, a Terra está a beira de um abismo e é preciso agir rápido. Para Biden, a década decisiva para agir, garantindo um futuro sustentável, é a atual. O recado foi dado: ou o mundo se une para reduzir as emissões de carbono, preservar o que resta do Meio Ambiente e impedir a elevação da temperatura no planeta, ou as grandes catástrofes naturais vão exterminar com a humanidade.

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