Quantos 'Brasis' nós temos?
No Brasil, há realidades sociais e econômicas tão discrepantes que podemos dizer que são de 'Brasis' diferentes. De um lado, mamatas concedidas a apadrinhados e políticos, mordomias e 'penduricalhos' ao Judiciário e propinas enchendo 'cuecas' e sendo depositadas em nomes de 'laranjas'.
De outro, crianças e adolescentes vivendo em barracos, sem comida decente na mesa e à mercê da violência e da criminalidade.
Os ricos e privilegiados formam uma elite que vive completamente fora do cotidiano da grande maioria dos brasileiros. São artistas, celebridades, jogadores de futebol, megaempresários e herdeiros de fortunas fabulosas.
Já os miseráveis comem farinha com açúcar, bebem água suja e dormem com a barriga vazia. Muitos se deitam, mas não acordam mais. Seja pela desnutrição ou doenças, seja porque uma 'bala perdida' os achou.
No Haiti é o bolinho de barro. Aqui é a farinha seca. Sem carne, sem leite, sem pão e sem dignidade. Com a infância roubada pela ganância e corrupção, milhões de brasileirinhos ficaram sem a merenda durante a pandemia.
Enquanto isso, como num circo de horrores, assistimos a ostentação escandalosa em redes sociais, em festas vips e no noticiário.
Em uma escala de desumanidade, estamos cada dia rolando ladeira abaixo.
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