Paredes que sangram
Rio Preto ficou estarrecida com a violência doméstica contra uma deficiente física, de 57 anos, na manhã desta terça-feira. A vítima teve o corpo todo envolvido por cola de sapateiro. Ela teria flagrado uma conversa comprometedora no celular do acusado, o próprio marido. A suspeita de traição levou a uma briga de casal e à agressão.
Vizinhos disseram que o homem batia com frequência na esposa. Ninguém nunca denunciou. Ao ser preso pela GCM, o suspeito negou o crime e disse que a mulher é quem deixou cair o produto sobre si.
Na Santa Casa, médicos tiveram dificuldade para retirar o produto, altamente tóxico e que aderiu à pele, cabelos, roupas e botas ortopédicas da vítima.
Na madrugada desta quarta-feira, o carro do acusado, que está na carceragem da Deic, foi destruído pelas chamas. Polícia investiga caso como incêndio criminoso.
Quantas mulheres sofrem caladas em seus lares? Quantas já não morreram acreditando que a violência teria fim um dia? A covardia do agressor encontra respaldo na omissão de familiares, conhecidos e até autoridades e eco no medo da vítima e vai num crescendo até um desfecho quase sempre trágico.
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